Após ser apresentado ao mundo, o Series I foi rapidamente reconhecido como um veículo capaz de superar todo e qualquer obstáculo. Sua carreira por um propósito maior que os veículos comuns, portanto, começou diretamente na linha de frente de missões ao lado das forças militares britânicas e logo ultrapassou fronteiras para atender às necessidades da ONU e até da Cruz Vermelha, que em 1954 encomendou seu primeiro Land Rover – e daria início a uma parceria que dura até hoje em prol de milhões de pessoas, muitas delas vivendo nos lugares mais remotos do mundo.

“Para mim, o mais incrível do Defender não é o veículo em si, mas as pessoas que podemos ajudar por conseguirmos chegar a esses lugares.”

Mike Adamson, chefe-executivo da Cruz Vermelha Britânica.

Os primeiros Land Rovers – Series I, II e III –, afinal, passaram a ser reconhecidos por seu caráter utilitário para as mais diferentes responsabilidades: de serviços de ambulância ao combate contra incêndios, de resgates ao cuidado de animais em lugares de difícil acesso. Por mais difícil que fosse uma missão, o Land Rover era o único veículo capaz de atendê-la com tranquilidade. Sua essência, no fim das contas, foi o que o levou a receber o nome de “Defender” no ano de 1989: era preciso distingui-lo do Land Rover Discovery da época, que acabava de nascer, e o nome “Defender” era o que mais fazia sentido diante do histórico do veículo.

Two men with LAND ROVER DEFENDER

Mas não só de trabalho viveram os Series I, II e III: ano após ano, designers e engenheiros trabalharam juntos para manter o Land Rover original em constante evolução, tornando-o cada vez mais atemporal e capaz de atender toda expectativa – em termos visuais ou de potência. O Series II, por exemplo, ganhou uma remodelação sutil para ter uma estrutura mais arrendodada. Com o Series III, os faróis saíram de trás da grade e foram para o para-lama, dando ao veículo um toque mais moderno. E ao longo dessas mudanças, o tamanho do motor também cresceu – os veículos passaram a ter versões diesel e V8 – e, a partir de 1983, a suspensão passou a ter molas helicoidais para garantir mais conforto aos passageiros.

O primeiro Land Rover, no fim das contas, foi se tornando um veículo cada vez mais exemplar. E, em 2020, com o nascimento do Novo Defender, nada mudou: agora temos no mercado um modelo mais inovador e tecnológico que todos os outros, criado para atender a todas as necessidades do século XXI, mas que ainda garante os mesmos princípios de capacidade e resistência – características que se completam com o atributo fundamental de todos os Land Rover desde 1948: uma carroceria de alumínio que resiste à ferrugem e reduz o peso do veículo, possibilitando inclusive redução na emissão de carbono – e que agora, com o Novo Defender e sua arquitetura monobloco, torna-se ainda mais robusta e invencível.

No fim das contas, um veículo que nasce a partir da excelência, só poderia continuar sendo rigoroso com seus princípios ao longo do tempo. Com o Novo Defender, não é diferente: ainda que agora comecemos uma nova era, continuamos dando todo valor às heranças do passado.