O ano é 1947: o Reino Unido sofria com os impactos do pós-guerra e se reconstruía pouco a pouco. Foi nesse contexto que Maurice Wilks, diretor de engenharia da Rover e também agricultor, teve uma ideia inspiradora: criar um veículo capaz de fazer a diferença na vida de todos que se sentassem ao seu volante. O objetivo inicial era atender às necessidades dos agricultores britânicos da época, oferecendo um carro acessível e incansável. Mas quando o primeiro esboço do que viria ser o Land Rover Series I ganhou vida e foi revelado ao mundo em abril de 1948, no Salão do Automóvel de Amsterdã, ninguém saberia dizer que começava ali uma história única no mundo automotivo: a do Land Rover Defender.

“O veículo mais versátil da Grã-Bretanha – o Land Rover. Para o fazendeiro, o camponês e para uso industrial geral.”

Texto que constava na placa do estande da Land Rover no Salão do Automóvel de Amsterdã em 1948

Logo depois, em agosto do mesmo ano, as máquinas começaram a rodar na fábrica de Solihull e os primeiros Series I foram para as ruas. O sucesso foi tanto que, no segundo ano completo de produção, foram fabricados quase 16 mil modelos e, até 1954, já havia 100 mil veículos desbravando os mais diversos terrenos – e contrariando a expectativa de vendas de apenas quatro dígitos por ano.

LAND ROVER DEFENDER

Desses primeiros modelos, alguns tiveram destinos que ainda podem ser lembrados: o 100º Land Rover, por exemplo, foi montado exclusivamente para o Rei George VI, e quase dois mil Series I saíram da fábrica diretamente para uso do exército britânico, a pedido oficial. Mal havia nascido e já começava a tomar o mundo da forma mais extraordinária: garantindo resistência, segurança e confiança a todos aqueles que o dirigiam.

No fim das contas, foi essa essência de servir a objetivos maiores, inerente ao Series I, que o fez receber o nome de Defender posteriormente, em 1989. Mas essa história continua na próxima página: clique no botão abaixo para continuar lendo sobre a história do Defender.